O ginecologista não cuida apenas da saúde intima da mulher, é ele quem acompanha de perto e geralmente encontra vestígios de outros problemas. Apesar da vergonha na hora de abrir determinados assuntos, existem itens que não devem ser deixados de lado e que precisam ser apresentados ao médico. “A mulher precisa se sentir segura com o ginecologista que ela escolher, porque vai precisar confiar e se abrir mesmo. Se você não se sente à vontade, é melhor trocar o profissional”, aconselha a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
Período menstrual
Uma das informações básicas sobre você é como funciona o seu período de menstruação, já que algumas alterações podem ser decorrentes de cistos, infecções e até desequilíbrio hormonal. “Você deve dizer quando menstruou pela última vez, quantos dias dura a menstruação, se ela é regular e o máximo de informações que puder fornecer”, explica.
Hábitos e histórico
Pode parecer irrelevante, mas também é essencial contar ao médico os seus hábitos, como alimentação, se fuma ou se consome álcool, exercícios físicos e até mesmo quanto dorme. “Esses pontos fazem muita diferença na hora de prescrever medicamentos, e a falta de sono, por exemplo, pode estar ligada a alterações hormonais importantes”, revela. Históricos familiares de câncer, diabetes e doenças cardíacas devem ser fornecidos, já que a prevenção muda quando existe uma pré-disposição.
Relações sexuais
Outro item importante é dizer como funciona a sua vida sexual, como quantas vezes por semana faz sexo, se tem ou não orgasmos e desejo, o número de parceiros que já teve e se está em uma relação estável. “Isso nos ajuda a identificar se você está num grupo de risco, quais exames pedir e até mesmo detectar algum problema de saúde”, completa.
Sexo sem camisinha
Transou sem camisinha? Mesmo que seja com o marido, isso deve ser dito ao especialista. “Muita gente tem vergonha de falar, mas o médico precisa saber para te orientar sobre a melhor maneira de se proteger nessa situação”, conta.
Corrimentos
É normal ter secreções vaginais, mas quando elas apresentam odor forte e cor é hora de ligar o sinal de alerta. “O corrimento sempre é sinal de doença causada por fungos e bactérias, ou desequilíbrio do ph”, alerta.
Estresse
Acredite, o estresse também é assunto de ginecologista. “O aumento do cortisol, que acontece com o estresse, pode desequilibrar várias funções do corpo e gerar problemas na saúde ginecológica”, diz Erica.
Hábitos de higiene
Entre os itens que devem ser apresentados ao médico está o sabonete intimo que você utiliza, e se faz uso também de lencinhos próprios para a região intima: “você pode prejudicar a flora vaginal e piorar corrimentos dependendo do produto”.
Gravidez anterior
Já engravidou antes? Essa revelação é muito importante, e você deve informar também abortos, mesmo que provocados. “Assim você tem uma noção da fertilidade da mulher”, complementa.
Pílula do dia seguinte
Fez uso de um contraceptivo de emergência? Então informe o seu médico em seguida. “Essas pílulas alteram a menstruação normal então precisa sim ser dito”, finaliza.
Naiara Taborda
Fonte: Daqui Dali
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